Os grandes vinhos são caracterizados pela intensidade e pela delicadeza de seu aroma, o que se chama finura, unidas a uma complexidade e originalidade que constitui sua personalidade. O bouquet é o aroma dos aromas, fruto misterioso da paz, o silêncio, a sombra, do fresco, da ascética, da solidão e do tempo. Vejamos todo o concernente ao bouquet do vinho: definição e conceitos!
Aromas e Bouquet
O aroma primário ou aroma original é o que existe já no cacho ou no mosto e que é extraído das peles dos cachos tintos e brancos. Exemplos de aroma da uva: a Cabernet Sauvignon, aroma a café, groselha ou trufa. A Riesling, a flor de pêssego e às vezes a petróleo. A moscatel, a cítrico, a madeira de rosa.
Logo, abre-se espaço para o aroma secundário que aparece durante a fermentação, é esse cheiro a vinho que se desenvolve por ação das leveduras e cuja volatilidade enche as bodegas durante a vindima.
Por último, o caráter aromático do vinho se atenua progressivamente, e ao cabo de alguns anos de conservação quase desaparece, aparecendo então o bouquet, como a sinergia de perfumes complexos que exala o vinho velho na taça.
Podemos considerar dois tipos de bouquet relacionados com a tecnologia de elaboração do vinho. Quando o vinho envelhece em contato com o ar, produz-se o bouquet de oxidação, dessa forma os vinhos adquirem uma tinta âmbar e desenvolvem um bouquet que lembra os aromas de frutos secos, marmelo, marsala, maçã, bagaço envelhecido, amêndoa, noz, etc. É desejável o bouquet de oxidação no caso de vinhos ricos em álcool (vinhos doces naturais). Alguns exemplos desse tipo de bouquet são o Jerez, o Oporto, o Madeira e o Vin Santo.
Por outro lado, quando o vinho envelhece em barris ou é conservado em garrafas ao abrigo do ar, desenvolve-se o bouquet de redução. É o que podemos apreciar em todos os grandes vinhos de guarda tradicionais em garrafa fechada. É o matiz adquirido durante o envelhecimento.
Esse êxito da idade do vinho é sensível ao oxigênio, fugaz pode desaparecer rapidamente ou modificar-se profundamente, motivo pelo qual geralmente não é recomendável airar ou decantar os vinhos reserva muito tempo antes de servi-los. Em uma garrafa aberta, o vinho perde rápido sua capacidade de evocar aromas de origem animal (couro, carne de cervo, peles), vegetal (madeiras, cogumelos), etc.
Perdão, aqui é onde agradecendo sua leitura cumprimento você até a próxima publicação, já que o devir dessas linhas me seduz a desarrolhar uma garrafa de Tannat reserva Garzón, com sua fina maturação em barris de carvalho francês, para em seu bouquet enfocar toda minha sensibilidade e, desse modo, revelar todas as particularidades do vilarejo.
Como foi essa vez especial em que o bouquet de um vinho te pegou? Siga-nos agora nas redes sociais (Facebook e Twitter) e não perca a próxima publicação!
